Sociedade e governança global: perspectivas para as ações coletivas no direito e na política em um mundo fragmentado
PDF

Palavras-chave

Sociedade Internacional
Governanca Global
Instituicões Internacionais
Direito Internacional

Como Citar

Miranda, J. A. A. de . (2020). Sociedade e governança global: perspectivas para as ações coletivas no direito e na política em um mundo fragmentado. Revista Da Secretaria Do Tribunal Permanente De Revisão, 8(15), 208–226. https://doi.org/10.16890/rstpr.a8.n15.p208

Resumo

A sociedade internacional a partir do processo de governanca global intensificaram as críticas sobre a insuficiência das instituicõess internacionais e do próprio direito internacional em dar voz a essa sociedade. Os modelos democráticos de sociedade estão em crise, o que se manifesta nas discussões relativas à representatividade de participação e de legitimidade dos atores políticos envolvidos nas decisões que atingem o futuro da humanidade. O objetivo desse artigo é salientar a necessidade de modernização das instituicões internacionais e do direito internacional.  O mundo atual é mais cosmopolita e ordenado a partir das estruturas de governanca global e práticas multilaterais concebidas ao longo desses anos. O direito internacional continua a ser de grande importância no ordenamento da sociedade global. O estudo realizado é de natureza qualitativa descritiva, desenvolvido por meio de referenciais bibliográficos que abordam os principais temas apontados ao longo do trabalho. Conclui-se que as perspectivas para as acões coletivas no direito e na politica no atual mundo de fragmentação e nacionalismo exigirá a modernização das instituicoes e do próprio direito internacional. A sociedade internacional tem dificuldade a partir da fragmentação do próprio sistema internacional em que vivemos em pressionar por uma melhor efetividade do sistema de governança global.

https://doi.org/10.16890/rstpr.a8.n15.p208
PDF

Referências

ARNAUD, André-Jean. “Globalização, Direitos Fundamentais e Direitos Sociais”. ARNAUD André. Globalização e Direito I: impactos nacionais, regionais e transnacionais. Rio de Janeiro: Lumes Juris, 2005.

BARRAL, Welber; MUNHOZ, Carolina P. B. “Globalização e a prática do direito”. In: GUERRA, Sidney (Ed.), Globalização: desafios e implicações para o direito internacional contemporâneo. Ijuí: Ijuí, 2006, p. 295-322.

BEITZ, Charles R. Political Theory and International Relations. New Jersey: Princeton University Press, 1999.

BRUNKHORST, H. Alguns problemas conceituais do cosmopolitismo global. Revista Brasileira de Ciências Sociais. 2011, vol. 26, n° 76.

DAHL, Robert. “Can International Organizations Be Democratic? A Skeptic’s View”. In: SHAPIRO, Ian; HACKER-CORDON, Casiano (Eds.), Democracy’s Edges. Cambridge: Cambridge University Press, 1999.

DE FAZIO, Marcia Cristina P. A sociedade civil global como instrumento de resistência a globalização desde cima: a importância da redes (Dissertação de mestrado em Direito). Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2010.

ESTEVES, Paulo Luiz. “Instituições Internacionais: comércio, segurança e integração”. Em: ESTEVES, Paulo Luiz. Instituições internacionais: comércio, segurança e integração. 2a ed. Minas Gerais: Editora PUC Minas, 2003.

HELD, D.; MCGREW. A. Prós e Contras da Globalizacão. Rio de Janeiro. Zahar, 2000.

HOLMES, K. R. Smart Multilateralism: when and when not to rely on the United Nations em: SCHAEFER, D., The Limits of the United Nations and the search for alternatives. Lanham, MD, Rowman & Littlefield Publishers, 2009.

HURRELL, Andrew. On Global Order. Oxford: Oxford University Press, 2007.

KALDOR, Mary. “Governance, Legitimacy, and Security: three scenarios for the Twenty First Century.” In: WAPNER, Paul; EDWIN Jr, Lester (Ed.), Principled World Politics: the challenge of normative international relations. Lanham: Rowman & Littlefield, 2000.

KEOHANE, R. International Institutions and State Power: essays in the international relations theory. London: Westview Press, 1989.

KIRSCH, Nico; KINGSBURY, Benedict. Introduction: global governance and global administrative law in the international legal order. European Journal of International Law. 2006, vol. 17, n° 1.

KOENIG-ARCHIBUGI, Mathias. Mapping Global Governance. The Governance of Global Issues: Effectiveness, Accountability, and Constitutionalization. London: London School of Economics, 2003. Disponível em: http://www.essex.ac.uk

KOH, Harold H. “Transnational Legal Process”. Nebraska Law Review. 1996, vol. 75.

KOSKENNIEMI; Martti. The Politics: international law. Oxford: Hart Publishing, 2001.

LUPEL A. Democratic Politics and Global Governance: Three Models. 2003. Disponível em: http://web.iaincirebon.ac.id/ebook/moon/democracy/Lupel_11-20-03.pdf

MARQUES, M. C. C. “Aplicação dos princípios da governança corporativa ao sector público”. Revista de Administração Contemporânea. Curitiba. 2007. vol. 11, n° 2, p. 11-26.

MATIAS, E. F. A Humanidade e suas Fronteiras: do Estado soberano a sociedade global. São Paulo, Paz e Terra, 2014.

MEARSHEIMER, J. A Tragédia da Politica das Grandes Potencias. Lisboa. Gradiva, 2007.

MILANI, C.; SOLINIS, G. “Pensar a Democracia na Governança Mundial: algumas pistas para o futuro”. Em MILANI, C., ARTURI, C., SOLINIS, G. (Ed.), Democracia e Governança Mundial: que regulações para o século XXI? Porto Alegre: Ed. UFRGS/UNESCO, 2002.

MIRANDA, J. A.; CADEMARTORI, S.; Governanca Global e Sociedade Internacional: mais problemas comuns do que interesses nacionais. Revista Juris Poesis. 2018. Disponível em: https://www.esmarn.tjrn.jus.br/revistas/index.php/revista_direito_e_liberdade/article/view/1849

MULDOON, Jr. JAMES P. The New New Diplomacy: The Changing Character of Multilateral Diplomacy at the United States. British International Studies Association, University of Cambridge, UK, 2007. Disponível em: www.bisa.ac.uk/2007/pps/muldoon.pdf

PASTORIZ, A. P.; MIRANDA, J. A. Cooperacão Internacional por meio de desastres naturais: efetivação do direito por meio da governanca. Cadernos de Relacões Internacionais. 2017, vol. 8, n° 15.

POGGE, Thomas W. Realizing Rawls. New York: Cornell University, 1989.

RONCATO, Bruna Silveira. Novos contornos do poder politico: o deficit participativo na governança global e o contraponto da emergente sociedade civil (Dissertação de mestrado). Universidade Federal de Santa Catarina, 2011.

ROSENAU, J. Governança, ordem e transformação na política mundial. IN: Governança sem governo: ordem e transformação na política mundial. Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 2000.

ROSENAU, James N; CZEMPIEL, Ernest-Otto. Governança sem governo: ordem e transformação na política mundial. Brasília: Unb e São Paulo: Imprensa oficial do Estado, 2000.

SANTOS, B. S. Os processos da Globalização. Revista Crítica de Ciências Sociais. 2002. Disponível em: http://www.eurozine.com/articles/2002-08-22-santos-pt.html

SATO, Eiti. A Agenda Internacional Depois da Guerra Fria: novos temas e novas percepções. Revista Brasileira de Política Internacional. 2000, vol. 43, n° 1.

SHELTON, D. Commitment and Compliance - The Role of Non-Binding Norms in the International Legal System. Oxford, Oxford University Press, 2000.

SMOUTS, M. C. A cooperacão internacional: da coexistência à governanca mundial. Em SMOUTS, M. C. As Novas Relacões Internacionais: práticas e teorias. Brasilia: Ed. UNB, 2004.

TEUBNER, Gunther. The global bukowina on the emergence of a transnational legal pluralism, bem como do pensamento de Neil Walker. Impulso, Piracicaba. 2003, vol. 14, n° 33. Disponível em: http://www.unimep.br/phpg/editora/revistaspdf/ imp33art01.pdf

WEBER, S. Institutions and Change. Em DOYLE, M.; IKENBERRY, J. New Thinking in International Relations Theory. Colorado: Westview Press, 1997.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2020 Revista da Secretaria do Tribunal Permanente de Revisão

Downloads

Não há dados estatísticos.