A contribuição dos tribunais dos estados-parte para o desenvolvimento do estatuo da cidadania do MERCOSUL
PDF (Español (España))

Palavras-chave

Estatuto da Cidadania
Poder Executivo
Poder Judiciário
Deferência

Como Citar

Alcalde do Nascimento, V. H. (2021). A contribuição dos tribunais dos estados-parte para o desenvolvimento do estatuo da cidadania do MERCOSUL. Revista Da Secretaria Do Tribunal Permanente De Revisão, 9(17), 142–161. https://doi.org/10.16890/rstpr.a9.n17.p142

Resumo

O Estatuto da Cidadania do Mercosul nasceu como reposta para inserir o indivíduo no projeto de integração regional, prejudicada devido a seu caráter intergovernamental, fundado na aquiescência de seus membros nem sempre está orientado ao fortalecimento da integração. Este artigo defende um câmbio de paradigmas: da condução política do Poder Executivo para a defesa de direitos pelo Poder Judiciário. Os tribunais nacionais estão habituados a respeitar o estrangeiro, a aplicar direito alienígena e a considerar precedentes estrangeiros em suas decisões. Eles podem, portanto, fortalecer os pilares que formam a cidadania do boco: a liberdade de residência, o libre exercício laboral, e, a correção do déficit democrático. O único obstáculo para sua atuação é a deferência às opiniões e interpretações do Poder Executivo. A este impedimento, este artigo advoga que existem decisões exemplares, como ocorre na União Europeia, que devem ser seguidas e que é necessário a autonomia dos tribunais domésticos para a construção da integração regional, e, consequentemente, a cidadania do MERCOSUL.

https://doi.org/10.16890/rstpr.a9.n17.p142
PDF (Español (España))

Referências

ARENDT, Hannah. Men in Dark Times. New York: Harcourt Brace Jovanovich, 1970.

BARAK, Aharon. The Judge in a Democracy. Princeton: Princeton University Press, 2006.

BARROSO, Luís Roberto. Curso de Direito Constitucional Contemporâneo: os conceitos Fundamentais e a Construção do Novo Modelo. São Paulo-SP: Saraiva, 2018.

CANOTILHO, Joaquim G. Direito Constitucional. Coimbra: Almedina, 2003.

CASSESE, Antonio. International Law. New York: Oxford University Press, 2005.

FISH, Stanley. Interpreting the Variorum. Critical Inquiry, 2 (1), 1976, pp. 483.

HAILBRONNER, K.; GOGOLIN, J. Aliens. In: Max Plank Encyclopedia of Public International Law. Disponible en: <http://opil.ouplaw.com>. Acceso en: 20 enero 2020.

MEIRELLES, Hely Lopes. Mandado de Segurança, Ação Popular, Ação Civil Pública, Mandado de Injunção, Habeas Data. São Paulo: Malheiros, 1990.

POSNER, Eric. The Twilight of Human Rights Law. New York: Oxford University Press, 2014.

ROSENFELD, Michel. Towards a Reconstruction of Constitutional Equality. In: M. Rosenfeld, N. Dorsen, A. Sajó & S. Baer (Eds.), Comparative Constitutionalism, Cases and Materials (pp.670 – 674). St. Paul, MN: West, 2003.

SACHAR, Ayelet. Citizenship. In: M. Rosenfeld & A. Sajó (Eds.), The Oxford Handbook of Comparative Constitutional Law (pp. 1002 – 1019). New York: Oxford University Press, 2013.

SCALIA, Antonin. Judicial Deference to Administrative Interpretations of Law. Duke Law Journal, 1989, vol 3, 511 – 521.

SLAUGHTER, Anne-Marie. A New World Order. Princeton, NJ: Princeton University Press, 2005.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2021 Revista da Secretaria do Tribunal Permanente de Revisão

Downloads

Não há dados estatísticos.